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Mostrando postagens de julho, 2020

DA LAGOA DA ONÇA A MURITIBA PASSANDO POR GUARUS: UMA VIAGEM AO PASSADO (II)

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Campos Magazine News, 30 de julho de 2020 Da lagoa da Onça a Muritiba passado por Guarus: uma viagem ao passado (II) Arthur Soffiati             Vivemos um momento de redescoberta da natureza. Não de um retorno às relações íntimas que os povos indígenas mantinham com ela, mas do reconhecimento de que ela é de suma importante para a vida da humanidade. Precisamos olhar mais para o relevo, o tipo de solo, os rios e a vegetação nativa. Nas margens dos rios Paraíba do Sul e Muriaé, em seu curso final, existem três tipos de terreno com idades diferentes. Descendo da antiga zona serrana, pisamos os tabuleiros da margem esquerda de ambos os rios. Eles se estendem do Paraíba do Sul ao Itapemirim, no Espírito Santo, e datam de 5 milhões de anos. A vegetação nativa original que os recobria era a mata estacional semidecidual, que perde de 20 a 50% na estação seca. Um mapa de 1747, desenhado por autor desconhecido, assinala esse tipo de floresta na margem esquerda de um rio Paraíba do Sul

A ODISSEIA DO MANGUE

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Campos Magazine News, 26 de julho de 2020 A odisseia do mangue Arthur Soffiati             Odisseia é um dos dois poemas épicos de Homero, obra fundante da literatura mundial. O título ganhou sentido figurado, significando viagem cheia de aventuras extraordinárias, de eventos imprevistos ou aventuras inesperadas cheias de peripécias, como nos ensinam os dicionários. O manguezal viveu uma verdadeira odisseia desde a sua origem no tempo e no espaço. Talvez ainda viva e sobreviva à grande crise ambiental que assola o mundo todo.                       Sua história começa há 60 milhões de anos no Sudeste Asiático. Sabe-se que as plantas tiveram sua origem na água há muitos milhões de anos. Aos poucos, elas foram ganhando os continentes e se transformando. Na era dos dinossauros (entre há 250 milhões de anos e 65 milhões de anos), elas ganharam flores, frutos e sementes. Formaram-se, assim, as plantas completas, com raízes, caule, galhos, folhas, flores, frutos e sementes. Então, no

QUADRINHOS: DA REVISTA AO LIVRO

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Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 29 de julho de 2020 Quadrinhos: da revista ao livro Arthur Soffiati             Quando criança e adolescente, eu era um aficionado das histórias em quadrinhos. Ganhava revistas dos meus pais e dos meus avós com os super-heróis da DC Comics, aqueles da primeira geração, como Super-Homem, Batman, Fantasma, Mandrake, Nick Holmes, Capitão Marvel. Eram heróis perfeitos. Não tinham vícios. Eram homens e mulheres virtuosos (havia também as super-heroínas). Não namoravam ou, se namoravam, não havia entre eles nada de intimidades. Fantasma tinha uma noiva eterna. Super-Homem também. Batman tinha Robin, o amigo inseparável. Era um mundo seguro e feliz com esses heróis que representavam os valores dos Estados Unidos, raramente praticados.             Mas eu gostava também dos personagens da Disney. Pato Donald e os sobrinhos, também com Margarida, sue eterna namorada; o sovina tio Patinhas, ambicioso mas camarada; Mickey e sobrinhos, também namoran

O VELHO JUDEU

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Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 28 de julho de 2020 O velho judeu Edgar Vianna de Andrade             Existem duas imagens do judeu: a do pré-1948 e a do pós-1948, Antes da proclamação de independência de Israel, exatamente em 1948, o judeu era visto como perseguido e injustiçado. Imperadores romanos expulsaram-no de sua sagrada Palestina entre os anos 70 e 135 d.C. É a conhecida diáspora, que espalhou os judeus pelo mundo. É curioso como os judeus transformaram substantivos comuns em substantivos próprios. Diáspora é dispersão. Vários povos foram dispersados pelo mundo por meios violentos. O mais conhecido exemplo é de habitantes africanos espalhados nas colônias europeias na América como escravos. Contudo, parece que só os judeus sofreram essa injustiça. Não é mais diáspora, mas Diáspora. Ao fundarem Israel, os judeus promoveram a diáspora de palestinos, evento pouco conhecido.             Genocídio significa o extermínio de um povo ou pelo menos a tentativa de exter

DA LAGOA DA ONÇA A MURITIBA PASSANDO POR GUARUS: UMA VIAGEM AO PASSADO (I)

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Campos dos Goytacazes, Campos Magazine News, 21 de julho de 2020 Da lagoa da Onça a Muritiba passado por Guarus: uma viagem ao passado (I) Arthur Soffiati             Quem deseja viajar de Campos a Itaperuna, mais além ou aquém, não encontra dificuldades. Basta atravessar uma das três pontes que dão mão para Guarus e tomar a estrada federal BR-356, que liga São João da Barra a Juiz de Fora. Na estação chuvosa, a estrada está sujeita a rompimentos e alagamentos, pois foi construída no leito de inundação do rio Muriaé por longo trecho. Em 2012, por exemplo, era necessário tomar um desvio em estrada de terra antes de Três Vendas, pois a força do rio arrastou um pedaço da rodovia. Em 2020, o rompimento ocorreu em Ervália, Minhas Gerais. Rompimento da BR-356 na altura de Três Vendas - 2012.  Rompimento da BR-356 em Ervália (MG) - 2020             No longínquo ano de 1785, o cartógrafo Manoel Martins do Couto Reis subiu o rio Muriaé de embarcação até o morro da Onça, hoje bem